quarta-feira, 23 de abril de 2008

Soneto de OrfeuSão demais os perigos dessa vidaPara quem tem paixão, principalmenteQuando uma lua surge de repenteE se deixa no céu, como esquecida E se ao luar, que atua desvairadoVem unir-se uma música qualquerAí então é preciso ter cuidadoPorque deve andar perto uma mulherDeve andar perto uma mulher que é feitaDe música,luar e sentimentoE que a vida não quer, de tão perfeita Uma mulher que é como a própria lua Tão linda que só espalha sofrimentoTão cheia de pudor que vive nua.